Júlio Mosquéra / Jorge Pontual
Nova York, EUA
O
Exército Popular da China foi acusado nesta terça-feira (19) de praticar
espionagem cibernética, roubando propriedade intelectual de grandes empresas.
A
investigação que levou à acusação contra os chineses é uma das mais completas e
detalhadas já realizadas sobre o assunto. O relatório de 60 páginas foi feito
por uma empresa de segurança cibernética americana e divulgado pelo jornal The
New York Times.
O
trabalho detalhou a ação do mais sofisticado grupo chinês de hackers, piratas
da internet que atuariam a partir de um prédio em Xangai, sede de um comando
militar do governo da China. Segundo o relatório, o grupo é responsável pela
maioria dos ataques a organizações americanas nos últimos sete anos.
Entre
elas, estariam empresas estratégicas de água, energia e petróleo. Os hackers
teriam roubado também informações sigilosas de agências do governo dos Estados
Unidos.
O
próprio New York Times foi vítima da ação de piratas da internet e acusou a
China de envolvimento. Hackers atacaram computadores de 53 funcionários e
invadiram contas de e-mail do chefe do escritório do jornal em Xangai, que
tinha feito uma reportagem sobre o enriquecimento da família do primeiro-ministro
chinês, Wen Jiabao.
Autoridades
em Washington disseram que o relatório é consistente com investigações feitas
pelo serviço de inteligência dos Estados Unidos.
O porta-voz do
Ministério de Relações Exteriores chinês negou qualquer envolvimento do governo
com os hackers e colocou em dúvida a veracidade do conteúdo. "Já afirmamos
várias vezes que os ataques de hackers são transnacionais e anônimos.
Determinar suas origens é extremamente difícil”, disse Hong Li.
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