terça-feira, 23 de dezembro de 2008

IMORTAIS GUERREIROS - MENSAGEM DE FIM DE ANO

23 de Dezembro de 2008

Caros Amigos, Leitores, Correspondentes,

Este final de ano não foi nada fácil para mim, principalmente para o exercício de minhas atividades profissionais. Como vocês já devem saber, tivemos problemas por causa de ataques de vírus nos computadores e também em nosso site. O site IMORTAIS GUERREIROS e os blogs (são 5) já estã sanados, porém ainda faltam muitas atualizações. Ficaremos devendo algumas importantes matérias que deveriam ter sido divulgadas este ano. Tamanho trabalho com a recuperação destes espaços cibernéticos tirou o tempo para escrever bons artigos e para configurar outros tantos de tanta gente boa para publicar. Já os computadores ainda não estão funcionando completamente bem e ainda sofrem ataques diários que precisam ser combatidos. Isso sempre ocasiona alguma perda de tempo e, é lógico, desconcentração.

É desanimador a gente trabalhar com tanto sacrifício, gosto e afinco para levar às pessoas a verdade e informações diversificadas da 'mesmolândia' que infesta nossa mídia de massas, e se ver impedido de realizar esse trabalho por causa de nada democráticos e covardes ataques de gente má, desonesta e amante da escravidão ideológica. É triste a gente se ver obrigado a gastar o que não tem para levar um sonho, um ideal, à frente, diante de tantos percalços provocados por inimigos covardes. Eu acredito no meu trabalho, acredito que é importante levar informações verídicas e/ou, ao menos, não estigmatizadas, para o maior número de pessoas possível.
Além desses problemas técnicos QUE JÁ DEIXARAM O SITE E OS BLOGS COM PROBLEMAS DE ATUALIZAÇÃO POR QUASE DOIS MESES, eu sou mãe e esposa. Portanto, nessa época de final do ano, está toda a 'tropa' em casa, exigindo mais atenção ainda do que durante o ano. E, não sei se vocês sabem, eu sinto que devo ser, ainda neste momento de desenvolvimento de meus filhos, primeiro a mãe e, depois, a profissional. Sei que há quem não concorde com isso, mas, paciência, é assim que eu sinto que deva ser, pelo menos no meu caso.

Por tudo isso, e por ainda não ter aprendido a fazer a mágica de prolongar o tempo, bem como a de fabricar dinheiro, termino esse ano devendo algumas coisas para todos vocês - principalmente boas e esclarecedoras matérias.

Eu sei, por exemplo, que o STF praticamente já decretou a falência do Estado de Roraima, entregando boa parte de seu território nordeste a quem nunca pertenceu, desprezando todos os alertas que foram dados, em todos os meios de comunicação, principalmente através da internet. Oito dos ministros foram nomeados pelo governo Lula. Portanto, não é preciso ser gênio para entender o por quê de seus votos terem sido favoráveis à demarcação contínua das terras da reserva Raposa - Serra do Sol e à retirada dos chamados não-índios daquela região.

Sei disso, e não pude, ainda, escrever artigo sobre esse lastimpavel último espisódio. Digo, somente e por hora, entretanto, que nenhum brasileiro elegeu um único ministro sequer do STF. Quem deveria, assim, decidir sobre essa grave questão, já que o Executivo, em sua maioria, age contra os interesses da nação, seria o povo brasileiro, em plebiscito, através de votos, ainda que eltrônicos, porém, necessariamente impressos - para possível conferência - e sob propaganda rigorosamente controlada em termos de paridade de tempo (e com rigorosa proibição de 'merchandising' em novelas e programas televisivos, como aconteceu, aliás, e em favor do SIM, no caso da campanha pelo desarmamento da população, antes do inútil plebiscito - já que a vontade popular acabou não sendo respeitada, uma vez que o acesso do cidadão comum e honesto às armas e à munição é cada vez mais difícil, para não dizer impossível, por causa do Estaturo do Desarmamento em si, cujo teor não foi o objeto consultado).

Esse é apenas um dos exemplos de como tem sido conduzida a nossa falsificada democracia. Primeiro, o Executivo governa à base de canetadas, compõe com o chamado Congresso, e aprova leis absurdas, principalmente sob o ponto de vista prático e cultural da maioria dos brasileiros. Depois, vêm as contestações judiciais que, como se estivéssemos em plena vigência da independência dos Poderes, vão à julgamento pelos tribunais superiores. Então, estes, por sua vez, aprovam aquilo que o Executivo sempre quis que fosse aprovado. Uma farsa de processo democrático engana trouxa.

Assim tem sido e, dessa forma, aprova-se, a despeito da vontade da maioria dos brasileiros, por exemplo, considerar um embrião como ser, ou não-ser, desprovido de direito à vida; a lei seca radical (que já provocou a demissão de centenas de milhares de pessoas); a entrega de terras e mais terras particulares a sem-terras, quilombolas e indígenas; a prorrogação infidável do julgamento dos envolvidos no escândalo do mensalão (bem como o de tantos envolvidos em vários outros escândalos - uma quantidade infinita deles); a divisão racial dos brasileiros e tantas outras coisas.

Sei, também, e sobre isso já tive oportunidade de falar em outras ocasiões, que a imprensa insiste em mostrar os brasileiros comprando e comprando neste Natal. Mostra o que? Mostra os centros de comércio popular. Há dez anos, mostrava os shoppings e as lojas de rua tradicionais. Ou seja, o comércio de produtos brasileiros, de produtos de qualidade se reduz a cada dia, a cada ano, e a imprensa continua a dizer que está tudo normal e maravilhoso, quando milhões de brasileiros vão às ruas comprar quinquilharias 'made in países que escravizam mão-de-obra'.

O que dizem? Dizem que as vendas crescem a cada ano. E crescem mesmo. Mas, crescem como? Crescem porque as pessoas, não podendo mais comprar uma boa camisa, por exemplo, feita por indústrias sérias e comprometidas com os direitos dos trabalhadores (e que gerariam renda e mais empregos bons para mais brasileiros, e mais produtividade - o que baratearia os preços), passam a ter que comprar 10 quinquilharias vagabundas importadas de indústrias de países sem compromisso nenhum com os direitos trabalhistas, por preços inacreditavelmente baratos, para compensarem o bom produto que não puderam comprar. Assim, em termos quantitativos, é claro que as vendas cresceram. Mas, e o resto?

E tantos outros assuntos que estou devendo...

Continuarei a publicar uma ou outra coisa, até o começo de janeiro, quando novamente me mudarei de cidade, deixando a bela Brasília. Voltarei, se tudo der certo, no princípio do mês de Fevereiro. Voltaremos com novidades e com novos projetos, prontos para mais um ano de lutas. A inutilidade e a mediocridade são motivos reais, no meu ponto de vista, para que se desista de um objetivo. Mas, as dificuldades, não – essas servem de estímulo.

Sei que devo ainda respostas as mais diversas a muitos que me têm escrito. Desculpem. Espero que essas respostas cheguem a cada um de vocês, ainda que aos poucos, ao longo do mês de janeiro e de fevereiro. Peço paciência e compreensão a todos. Durante o período de mudança, o e-mail ficará com resposta automática, esclarecendo os motivos da pausa e o dia de nossa volta.

Obrigada a todos vocês, pelos comentários, pela participação, pelas críticas, pelo apoio e pela amizade - muitas delas as quais, inclusive já tendo deixado de estar apenas no plano virtual. Fiz amigos muito especiais nesses já quase 5 anos de trabalho na ‘rede’.

Desejo a todos aqueles que me acompanharam um Natal com muita paz e um 2009 de renovação de forças.

Um grande abraço a todos,

Rebecca Santoro

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